quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dores

Quão doloroso é ter quem ama e não ser amado, não ter o respeito do próximo, seja esse próximo muito íntimo ou não, quão calunioso é o coração quando nos faz acreditar que as pessoas mudarão e que poderemos confiar nelas novamente, e fazer o esforço necessário para que valha a pena a relação. Pais não dizem mais "eu te amo" para seus filhos, mas estes se sofrerem algum tipo de violência, o amor dos pais aparece no momento em que um repórter lhe pergunta o que está sentindo, e assim, a TV continua com seu sensacionalismo 'audiencional' e os pais simplesmente perderam a oportunidade de falar aos olhos de seu fruto, de sua descendência o quanto ele é importante para suas raízes. Amigos se xingam em forma de carinho, mas desde quando xingamento é carinho? Desde quando palavras esdrúxulas são formas de carinho? Namorados, casados, noivos perderam o sentido do romantismo. Para uns sinceridade, para outros sofrimento. Nosso vocabulário é tão farto, tão extenso, será que perdemos os significados originais e a autora está se portando careta diante de tais mudanças?! Acredito que não, pois o sorriso e a satisfação emocional é permanente, até o coração mais duro se rende a um elogio, se derrete por abraço, e se modifica com um "eu te amo". Palavras e mais palavras, precisamos fazer delas atitudes, se importar com o próximo, com o que falamos a ele, pois sim, falar é uma atitude. Viver num mundo onde amar é careta, é estar buscando o seu fim, porque não se sobrevive sem paz, sem amor, sem mansidão, sem respeito. E com tudo isso junto faço um turbilhão de sentimentos que gerarão a esperança, esperança de entendermos um ao outro a ponto de nos colocarmos no lugar dele e agirmos para nós mesmos.

By D.T.

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